Do teatro de bairro ao circuito internacional de festivais, Mariana Costa — nascida em Marataízes e herdeira da cultura do samba, reggae e funk capixabas — firma sua voz na cultural e audiovisual com narrativas enraizadas no território, impacto social e luta por representatividade.
Cineasta, produtora cultural e comunicadora, Mariana Costa tem se destacado na cena audiovisual, integrando produções exibidas em mais de 100 festivais ao redor do mundo. Aos 24 anos, atua entre São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro, para publicidade, conteúdo, cinema, TV, teatro, festivais de música e projetos socioculturais. Mariana começou sua trajetória artística aos 5 anos, como MC Mariana, com músicas que tocavam nos bailes funks do sul do Espírito Santo. Aos 13, seguiu pela poesia e pelo teatro, dando continuidade à história de sua avó, Maria do Carmo Vapor da Costa — que presidiu por 20 anos a escola de samba Esplendor da Noite, em Marataízes — e de seu pai, Wallace Spyrro — ex-MC e vocalista da banda Esperamaré. Hoje, desponta como uma das mulheres negras mais jovens a dirigir filmes e atuar no mercado audiovisual e cultural capixaba, ampliando o acesso da juventude ao setor.
Ao longo dos últimos cinco anos, colaborou com grandes produtoras, instituições e marcas como Natura, Museu Vale, Canal Brasil, Black Pen Filmes, GNT, Sesc, Heinrich Boll Brasil, Grupo O Boticário, Globoplay e Salon Line, consolidando uma trajetória marcada por criatividade, impacto social e reconhecimento internacional. Entre seus feitos mais notáveis está sua atuação na equipe da campanha “Respeita Meu Capelo”, da Vult — vencedora, de três Cannes Lions, o mais importante prêmio da publicidade mundial, realizado na França. Reconhecida como a mulher negra mais jovem do Espírito Santo a participar de um projeto premiado em Cannes por dois anos consecutivos, Mariana tem se firmado como um nome que rompe fronteiras — representando Marataízes, a juventude e as potências negras no audiovisual brasileiro. Aos 21 anos, produziu seus primeiros longas-metragem e dirigiu o curta-metragem Emaranhadas, premiado e exibido no Canal Brasil e na Mostra SESC de Cinema. O filme continua circulando em mostras pelo país, como símbolo de ancestralidade, narrativa negra, feminina e coletiva.
Mariana também é diretora de criação e uma das idealizadoras do Festival Cultural Caranguejo Azul e Circuito Cultural Escolar, ao lado de seu pai, Wallace Spyrro e de seu parceiro Rovisney de Almeida. As iniciativas conectam música, educação sobre os manguezais, cinema, educação e políticas públicas em espaços populares e escolares. Na última quinta-feira, foi premiada pelo terceiro ano consecutivo no Festival de Cinema de Vitória. Desta vez, ao lado do diretor Bernard Lessa e do protagonista Reynier Morales, receberam os prêmios de Melhor Filme e Melhor Fotografia pelo longa-metragem “O Deserto de Akin”. Premiado internacionalmente, o filme estreia nas salas de cinema no dia 31 de julho de 2025 e traz no elenco Guga Patriota, a atriz global Ana Flávia Cavalcanti e o ator Welket Bungué.
Em entrevista recente ao podcast Papod Preta, Mariana compartilha reflexões sobre representatividade, família, trajetória artística, racismo nos bastidores, os desafios de dar continuidade a obras negras, processos criativos e o poder de potencializar artisticamente a juventude dos interiores. A entrevista já ultrapassou 30 mil visualizações nas redes sociais e YouTube, ampliando o alcance do tema e fomentando o debate público, encorajando a denúncia a casos de racismo nos sets de filmagem e em projetos socioculturais. “Nós (produtores socioculturais) não estamos levando cultura a lugar nenhum; a cultura é viva e ela existe nos corpos pretos e nos corpos dissidentes do Brasil inteiro. Ela não precisa que uma pessoa branca vá colonizá-la. A visão de quem vive nos territórios é importante por si só e o poder de produzir nossas narrativas deve estar também nas nossas mãos”, comenta Mariana.
Trechos da entrevista estão disponíveis em seu Instagram (@marianxco), e a versão completa pode ser acessada no YouTube do canal Papod Preta. Em paralelo, Mariana se prepara para novos voos: atua na produção de um novo longa-metragem no Rio de Janeiro e produz a próxima campanha da marca de beleza Salon Line, com gravações em São Paulo.
Serviço
📺 Entrevista completa – Dos bastidores à cena: narrativas negras e dissidentes no audiovisual
▶️ YouTube do canal Papod Preta
📲 Instagram: @marianxco
🌐 Portfólio: masouzacosta.wixsite.com/portfolio
🎤 Festival Cultural Caranguejo Azul: @festivalculturalcaranguejoazul
📧 Contato profissional: costamarsouz@gmail.com | (21) 99126-3443
